Nas últimas semanas, ando com a maior dor nas costas. Eu sei que é pura falta de exercício, e tals, mas é também um sinal de velhice. Com 20 anos, você pode até se dar o relaxo de ser sedentário sem consequencias. Claro, comecei a dar umas corridas diárias, e está melhorando, mas esse não é ponto.
Sábado acabei acompanhando o Brunão no churrasco dos Interanos da computação da Unicamp. Encontrei vários colegas, como o Bolha, o Mark, uma galera 98, e uns bixos perdidos. E tinham bixos ’08 por lá. Ou seja, alunos que entraram na Unicamp 11 anos depois de mim. Galera que nasceu (pasmem!) em 1990. Na freaking década de 90!
É gente que quando caíram as torres estávam na oitava série (eu estava começando meu trabalho aqui na Padtec). Gente que não sabe o que é Blitz, Trem da Alegria, TV Manchete e toda a tranqueira dos Trash ’80s. Some isso à dor nas costas e a pança, e temos um excelente ambiente para sentir a velhice.
Isso tudo pode soar rancoroso, ou azedo. Não é. Minha vida está muito melhor hoje do que dez anos atrás (tirando as costas). Mas é impressionante o quanto de repente tuff! dez anos caem de uma vez. Minha mãe vai fazer cinquenta, meu pai já passou dessa idade. Meus avós estão nos setenta. E lá vamos nós, ladeira abaixo.
Eu já comentei meu cinismo com o futuro e minha revolta com a geração Internet. Vou virar um velho ranheta? Diz a Iara que ranheta eu já sou. 🙂