Só um link rápido. Para entender melhor a África do Sul, nada melhor que essa tira fantástica:
Até!
Descrições sucintas de situações corriqueiras da vida cotidiana de um cara comum.
Bem, estou aqui. Cheguei ontem, bem zureta ainda por causa do fuso horário. Basicamente, dormi até acordar hoje de manhã. Cape Town e Fish Hoek, onde estou, continuam lindas. As montanhas impressionantes de um lado com o oceano do outro são de tirar o fôlego. Assim que eu tiver Internet em casa coloco umas fotos iniciais. A casa onde vou ficar é imensa, então os visitantes estão novamente convidados. Quando minha mãe for embora, em duas semanas, ela vai ficar bem vazia.
O Inglês daqui tem diferentes sons e formas, mas é bem diferente do que meu ouvido está acostumado. De acordo com a Wikipédia, a língua mais falada dentro de casa em Western Cape é o Afrikans, que parece alemão (na verdade, holandês). Quase todo mundo fala Inglês, mas como disse, às vezes é difícil entender. Vou na escola de Inglês amanhã, ver se entro numa turma.
Está friozinho, mas nada que não faça em Campinas ou São Paulo. Tudo bem, fez 4º C na madrugada de ontem, mas durante o dia é igual. Dentro de casa é gostoso, mesmo não tendo aquecimento. Quando parar de chover e secar a lenha, dá até pra acender a lareira. Os chuveiros são uma delícia, e todas as torneiras tem água quente.
A perspectiva de seis meses parece ousada. Espero dar umas voltas nesse meio período. Vou ter que aprender a cozinhar mesmo, não vai ter jeito. Em dois ou três dias, começo a me arriscar na direção. Primeiro tenho que aprender a olhar para a direita ao atravessar a rua! Também tem uma biblioteca imensa em casa que vou começar a fuçar.
É isso. Quando eu tiver Internet em casa, meus posts vão começar a ficar mais interessantes. Até!
Bom, estou pronto para ir embora. Só me deu uma sensação mesmo de sem destino quando fiquei sem a chave de casa (e agora, do carro) no bolso. Toda a minha vida numa mala grande. Ficou um monte de tranqueira na casa do meu irmão Davi, da Iara e num depósito que eu aluguei. À tiracolo, minha máquina fotográfica, notebook, dois livros de RPG, cabos variados, passaporte, milhões de camisetas, cuecas e meias, algumas blusas e calças, e a camisa da seleção, que não pode faltar no exterior.
Já estou vivendo da minha mala. Espero ter as fotos da minha primeira manhã em Cape Town no dia 15, quarta-feira, ou quando tiver acesso à Internet. Agradeço àqueles que se deram o trabalho de vir se despedir pessoalmente, mesmo sabendo que eu volto logo (14 de Fevereiro de 2008), na minha festa de despedida ou na minha apresentação com a Johnny Rocker. Ou os dois, que nem o Cris, Sorô e o Brunão!
Até breve, de terras africanas.
O Anselmo só divide posts em seu Google Reader do blog do Reinaldo Azevedo, que escreve para Veja. Em geral, acho esse cara um reacionário direitista um tanto quanto ranheta, mas li um dos posts que achei bem interessante, que trata de pais e filhos.
Porque, na verdade, concordo com o senhor ranheta lá. As gerações mais novas perderam completamente a noção do respeito. Mesmo a minha geração está perdida. Eu via muito isso na Unicamp, sabe? Jovens que não tem respeito pelos professores, achando que ele/ela estava lá fazendo um favor. Não existe respeito pelos mais velhos, tão ignorados. Pelos trabalhadores mais humildes, quase invisíveis. Cara, fulano joga até papel no chão de uma maneira tão descarada que é um absurdo.
E eu culpo os pais dessa geração, né? Quem mais? E tem como esperar que a próxima geração melhore? Com pais que agem assim? Dá um pouco mais de medo pelo futuro, quando esses caras forem os diretores, senadores e síndicos desse país.
Até!
(PS: Post feito no terminal rodoviário do Tietê!)
E agora que está chegando o dia da ida, começa a bater um medo. E um tanto de pré-solidão, pra falar a verdade. Hoje choveu e fez frio o dia inteiro, e eu mal saí de casa. Fiquei aqui, alternando World of Warcraft, Nintendo DS e o livro do Harry Potter. A Lana já tem casa nova, e devo levá-la amanhã se parar de chover tanto.
Lembrei que estive em Poços de Caldas, ver meu pai tocando no Viola de Todos os Cantos. Ele não ganhou, mas achei que a música dele foi a melhor na categoria. Ele mandou muito bem. Uma foto minha com o violeiro:
A tendência vai esse blog ficar um pouco mais intimista agora comigo do outro lado do Atlântico. Estou meio que deixando tudo mesmo para trás. Minha namorada, meus amigos, minha família, meu cachorro. Meus livros de RPG, meus jogos, meus CDs (meu iPod vai) e DVDs, meus livros. Putz, minha geladeira e sofá novinhos! 🙂 Levo uma vontade imensa de auto-conhecimento. De descobrir o Anand que eu sou, não que esperam que eu seja. É uma bela prática de desapego, mas já estou só vendo o que vai dar.
Esse final de semana estou indo para Juiz de Fora, em Minhas Gerais, para o aniversário de noventa anos da minha bisavó Nair, minha madrinha, que gosto muito. E vamos reunir um tanto da família da minha mãe, que raramente se encontra assim. Espero tirar umas fotos históricas.
Até!
Me emocionou bastante as cenas dos familiares das vítimas do vôo 3054 da TAM no jornal nacional, ontem. Principalmente porque lembrei de quando, em 1996, ocorreu o também dramático acidente com o vôo 402, também da TAM, onde perdi meu tio Flávio. Eu estava morando com esse tio e sua família, e o acidente foi bem chocante.
Quatro anos depois, minha tia Rita, viúva de Flávio, publica sua tese de mestrado na saúde pública da USP, mostrando, utilizando-se de metodologia científica, o quanto o controle de vôo, responsáveis pelo tráfego aéreo e o setor de aviação brasileira estavam fadados a crise. Isso em 2000, sete anos atrás.
São essas coisas que me deixam profundamente decepcionados com esse país e seus dirigentes. Por que a crise está em todos os setores. Morrem cerca de 50 mil brasileiros todos os anos, com a violência do nosso país. Isso é um número maior que do Iraque. Quando é que as famílias vão poder parar de chorar por seus entes queridos?