Virado à Paulista

E estou de volta à São Paulo. Agora já temos Internet e cama aqui em casa, e temos, portanto, um lar. O curioso é que eu nasci em São Paulo, mas nunca morei de fato na cidade. Tá bom, morei durante o segundo semestre de 1996, mas foi a época do cursinho, e não dá pra dizer que eu vivi nessa época. E agora estou de volta pra ficar por um bom tempo, pelo menos esse é o plano.

E por mais que eu tenha vindo pra cá quase todo final de semana dos últimos oito anos, ainda me surpreendo com a bagunça e o monte de gente. E por monte de gente quero dizer todo mundo. Do mundo. É aquela coisa de olhar pela janela e ver um mar de prédios até o horizonte. Não é em qualquer lugar do mundo que se vê isso. No meu caso, vejo também o prédio da Abril, aqui do oitavo andar.

Outra coisa é que me sinto meio jeca. Treze anos em Campinas foram o suficiente para criar em mim o mindset do interior, ainda mais vivendo o dia a dia de Barão Geraldo. E estou aqui, entre o Largo da Batata e a Faria Lima, vendo desde os mais pobres e vendedores de ervas miraculosas até o helicópteros pousando incessantemente no topo dos prédios cheios de engravatados.

Nosso prédio fica do lado de um restaurante japonês super bom. É caro, mas muito mais gostoso do outro que eu ia em Campinas. O ruim é que de noite às vezes sobe uns cheiros de peixe frito aqui em casa! 🙂 As pessoas do condomínio são super simpáticas, os porteiros também. O ap já está ficando com a nossa cara, mas ainda precisa de cortinas e mesa na sala para podermos receber visitas. E pratos, só temos dois!

Hoje vou fazer o exame médico admissional do novo emprego, e depois ir assinar o contrato. Começo uma nova fase, junto com a Iara, minha noiva. Parece que vai ser massa.

Até!

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Tempos de mudança

E depois de oito anos e meio, irei deixar a Padtec, empresa que me empregou ainda no final do meu curso de graduação, onde fui:

  • Técnico em eletrônica
  • Desenvolvedor
  • Gerente de Desenvolvimento
  • Engenheiro de Sistemas
  • Gerente de Projetos

E aprendendo muita coisa sobre telecomunicações, redes ópticas, transmissão, comutação, projetos, pessoas, software, hardware, peopleware… estou de mudança para São Paulo, onde entrei num novo desafio, que contarei com detalhes por aqui mais tarde. Vou morar junto com a Iara, e mudar bastante o dia-a-dia. Vou ficar mais perto de uns amigos, mas mais longe de outros. As runas que o André leu no ano novo foram fortes e verdadeiras, heim?

Parte de mim ficou triste ao se despedir dos colegas, eles acabam virando sua família. Oito horas todo dia junto é mais tempo que eu passava com colegas de faculdade, por exemplo. Escrevi essa carta de despedida, que acho que retrata bem meu sentimento (editei uns pedaços):

Olá colegas queridos da Padtec,

Desculpe o breve incômodo nas caixas de mensagens de vocês, mas faço questão de me despedir de cada um. Estou me desligando da Padtec, depois de 8 anos e meio de muito trabalho, diversão, pontos altos e baixos, mas com o mais importante: a sensação de realmente estar fazendo a diferença. E isso aconteceu por conta de todos que também se apaixonaram por essa causa tão rara no nosso país de contribuir para o desenvolvimento da tecnologia nacional com inventividade, qualidade, e muito suor.

Deixo a empresa com o maior orgulho de ter sido parte do crescimento dessa empresa, porque crescemos juntos. Quando entrei, era um jovem de 23 anos, recém formado, aprendendo o que é essa tal de rede óptica. Saio um homem de 31 anos, especialista em Gerencia de Projetos, capaz de explicar todo o nosso portfólio de produtos, desenvolver sistemas sofisticados, falar Libras e ainda entender como é que os átomos de érbio levam nossa Internet tão longe. Crescemos juntos numa parceria fantástica, e agora ambos poderemos caminhar separados.

[Agradecimentos pessoais]

[Novo trabalho]. Mas parte de mim se entristece ao deixar os amigos, colegas e frutos do trabalho que deixo por aqui. Agradeço profundamente a todos pelo convívio e o bom humor nas horas difíceis. Parabenizo todos pelas grandes conquistas atuais e futuras que certamente virão. Estarei aqui até dia 1º, deixo também meu e-mail pessoal.

Sinceramente,

Daniel Salles de Araújo
anand@anand.com.br

E que venham os novos desafios!

PS: foi meu aniversário de 31 anos na última quarta, mas não fiz nenhuma comemoração em especial. Ainda não foi dessa vez que ganhei uma festa surpresa…

Em Maio

E quase que Maio fica sem post. A verdade é que o tempo que eu usava atualizando as novidades aqui foram tomadas pelo Rolando 20, RPG, World of Warcraft, e outras atividades. Aliás, esse é um dos problemas atuais.

Desde do final do ano passado que minha vida entrou num loop, logo depois que voltei das férias que tirei da Padtec. Semanas de trabalho intercaladas com finais de semana de RPG ou videogame. Teve uma pausa para uma hérnia de disco, ok, mas logo depois voltou pro loop.

Não que eu ache ruim, eu adoro RPG e Videogame. Sobra até tempo para o já mencionado curso de libras e um rock ocasional com a Trio Drive (estamos querendo tirar o Lado B do Abbey Road). Mas sei lá, falta alguma coisa. Talvez conseguir ficar mais junto da Iara, já que é cada vez menos que a gente se encontra corridos de final de semana. Ou encontrar mais os amigos. Atualmente só encontro a galera pra jogar RPG, sabe? Faz séculos que não vou ao cinema, assistir DVD na casa de alguém, fazer aquelas coisas bacanas de grupo. Bater papo.

Aliás, esse foi o motivador do post: fui conhecer o Miguel, filho do meu amigão Tiago. O Tiago foi meu colega de faculdade, colega de empresa (em duas empresas), e amigo em geral. E recentemente nasceu seu primeiro filho, e eu fui lá vê-lo. Apesar dele estar numa fase meio que chorando, e os pais estarem com aquela cara exausta de recém-pais que todos já devem ter visto, me receberam direitinho, batemos um papinho e tudo mais. Sinto falta de estar perto dos amigos assim.

E, claro, a coisa toda da paternidade é meio intimidadora tão de perto. Apesar de outros colegas nessa altura da vida já serem pais, o Tiago é o primeiro amigo mais próximo que vira pai. E, claro de novo, a gente fica pensando quando chegará nossa vez. Meus planos originais tinham a idéia de ser pai antes dos trinta. Com os trinta, meus planos esvaeceram completamente, e hoje deixo o futuro me levar por esses caminhos paternais futuros.

Enfim, é bom escrever de volta por aqui. E ganhar um pouco de perspectiva! 🙂

Até!

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Uma semana de dor

dorE amanhã cedo vai fazer uma semana que meu nervo ciático resolver dar uns rolês pelo lado errado, inflamou, e fez minha vida miserável por, pelo menos, sete dias. Na terça feira de manhã, dia 6, acordei com uma mega dor nas costas, de não deixar andar. Minha colega de casa, a Tati, me levou até o centro médico de Campinas, onde fui medicado com analgésicos, e recomendado a repousar por três dias, tomando anti-inflamatórios.

No dia seguinte, acordei com mais dor ainda, e dessa vez de fazer lágrimas descerem pelo rosto. Não consegui sair da cama nem para comer de manhã, e foi só por volta do meio-dia que voltei ao pronto socorro, onde me deram mais analgésicos, mas desta vez algo mais forte. Na quinta feira, melhorei um pouco, mas pouco. A Iara veio de São Paulo me acompanhar, e está aqui até hoje.

Amanhã irei fazer uma ressonância magnética, para saber a origem da dor. O mais provável é apenas uma inflamação esporádica do nervo, causada pelo sedentarismo, e azar crônico. Mas é possível ter outras origens, como uma hérnia de disco, por isso o exame mais detalhado.

No início do ano passado, bem na mesma época, minha mãe teve algo bem parecido. Coincidência bizarra, não? Só sei que hoje eu já consigo andar pela casa, e sentar por alguns minutos. Minha perna esquerda ainda dói, e os dedos do pé esquerdo ficam um pouco formiguentos o dia todo. De acordo com os médicos, só repouso e anti-inflamatórios resolvem, até onde se sabe.

Então, se eu sumi um pouco, foi por isso.

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