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Galera, estou numa urucubaca do cão. Se alguém souber de alguma simpatia, manda aí. E não sou só eu, pelo que estou acompanhando. Esse ano do Rato está dando medo.

Não obstante ter tido minhas coisas roubadas em Cape Town, chego no Brasil (êê!) e minha mala não chega (booo!). Ficou em Johannesburg. Fica para o outro dia, diz o cara da South African Airways. Preencho lá as reclamações, e encontro a Iara, que veio me buscar (êê!) . Fazemos uma hora no aeroporto, para não pegar trânsito.

Chegando em casa, abro minha correspondência de 6 meses. Estou com o nome sujo no SPC e na Serasa, por pilantragens da Net/Campinas e do Banco Real (Sudameris). Além disso, várias cartas do Banco do Brasil me dizendo para ir urgentemente lá na agência atualizar meus dados, que meu contrato vai vencer, e tal. Ufa!

Começo o trampo de tentar resolver os pepinos. Enquanto isso, minha mala não chega no primeiro vôo. Eventualmente consigo descobrir exatamente com quem e o que falar para limpar meu nome, mas é complicado porque a Iara não tem telefone em casa, e faço tudo pelo Skype.

No outro dia, minha mala não chega, porque foi para Americana. Vou para casa da avó da Iara, a Dedé, e fico uma hora e meia (cronometrada) no telefone para excluir meu débito da Net, e agendar uma nova coleta dos equipamentos deles, que eles não buscaram antes de eu ir para a África do Sul depois de três bolos.

Bom, as coisas estão evoluindo. O Cris vem aqui em casa, a gente joga Guitar Hero II depois do almoço, mas minha mala só vai chegar perto das dez, porque o carro quebrou em Ribeirão Preto(!?)

E, cinco minutos atrás, a bendita chegou. Parece que está intacta, mas estou até com medo de abrir. Depois de três dias reféns da SAA, estou livre. Livre!

Amanhã vou para São Carlos, pegar meu carro. Eu falei que meu banco inventou uma cobrança de seguro do nada?

Até!

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Bom, lá vamos nós para o último post do ano. A retrospectiva 2007 não é muito emocionante, mas mostra algumas mudanças na minha vida.

Primeiro, o começo do ano trouxe alguma mudança na minha vida profissional, ao mudar meu foco dentro da Padtec. Mas profissionalmente, o ano não foi lá muito frutífero. As minhas empreitadas comerciais aqui na África do Sul não foram lá empolgantes, e meu sabático de seis meses também não colaboraram para nada nessa área. Descobri e me apaixonei por SCRUM, aprendi um pouco de LUA e Ruby, mas no geral nesse campo foi morno. Meu Inglês, por outro lado, está excelente.

Pessoalmente, foi um ano cheio. Tentei uma vida a dois com a Iara em Campinas, não muito bem sucedida, por série de fatores. Mas estamos juntos até hoje, e vi o quanto ela é importante na minha vida. Mesmo assim decidi largar tudo (por um tempo) e passar seis meses de introspecção aqui na África. Aprendi várias coisas, relaxei tudo o que não tinha relaxado nos cinco últimos anos, desde a minha formatura. Fiz alguns amigos novos, poucos. Senti muita saudade dos amigos antigos. Mais importante, senti muita saudade da Iara e da Lana, e da minha vida em Campinas. Da banda, dos amigos, dos colegas, da família.

Esse ano dividi muitos momentos gostosos com meu irmão Davi, aproveitei os momentos que pude dividir com minha mãe. Vi o Kilimanjaro, vi minhas coisas serem roubadas. Fiquei muito sozinho, o que é bom e ruim. Li pacas, comparado com os últimos anos. Pelo que li e aprendi, fiquei mais cético em relação a nossa espécie.

Assim como no Natal, nunca fui muito fã de celebrar um evento arbitrário de calendário. Por outro lado, como gerente de projetos, sei que é importante parar para analisar as “lições aprendidas”. No meio do meu retorno de Saturno, espero de 2008 retomar a vida, e tentar melhorar os meus pontos fracos com que aprendi nesse tempo.

A todos que tiveram um tempinho ou disposição para dar um alô e bater um papinho enquanto estive por aqui, muito obrigado, foi importante. Vejo vocês no Brasil em Janeiro. Amanhã vou para Stellenbosch para o Revellion, mas já estou de volta em Fish Hoek dia 2. Quando eu voltar aqui, em 2010 para a Copa do Mundo, espero ter mais companhia.

Até!

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E acabo de receber meu presente de Natal. Chego em casa, depois de jantar com os vizinhos, para ver que entraram dentro de casa e levaram meu notebook, meus dois iPods, minha maquina fotografica, meu Nintendo DS, minha carteira (meus cartoes), meu flash disk, meu celular, e outras coisas que ainda nao identifiquei. Tambem levaram o micro da minha mae (com o trabalho de duas semanas), a maquina fotografica e celular, e outras coisinhas.

Escrevo do computador do Peter, que estava guardado e nao levaram. Por isso esta sem acento. A policia acabou de ir embora. O mais trevas e saber nao so que estou sem mais nada da minha musica, mas que nas proximas duas semanas nao vou poder tirar fotos, jogar DS ou WoW, ouvir musica, nada. O preju ta na faixa de uns 5mil reais, mais o note (outros cinco). Mega trevas.

Acho que esta mesmo na hora de voltar para o Brasil.

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Estou aqui no Tembo (Elefante, em kiSwahili) Hotel, em Stonetown, Zanzibar. Essa ilha é muito louca, uma mistura de África com as arábias. A cidade em si não nega o nome, e lembra Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, quando eles gravaram na Tunísia. Várias pequenas ruas estreitas, com casas de paredes maciças (30-50cm!) e três andares. Cabos de todos os tipos montam um emaranhado que te segue por todos os lados.

Chegamos ontem, de barco. Saímos da Mainland cedíssimo, no barco das sete horas (acordei cinco e meia). Para sair, uma bagunça. Tinha outro barco saindo junto com o nosso, e as filas se desfaziam e eram organizadas novamente. Depois de muito esperar, finalmente nos dirigimos para o barco, o Sea Express. Fomos de primeira classe, que era praticamente a classe Mzungo. Todos os brancos estavam lá. Para ficar totalmente primeira classe, um grupo de dinamarqueses ainda dividiram o seu caviar. Eu, claro, não fiquei comendo ovas de estranhos.

Zanzibar é conhecida pelas especiarias, pimentas, baunilha, gengibre e etc. E tem um status um tanto peculiar na Tanzania. Eles tem até o próprio presidente. Tanto que precisei de meu passaporte, devidamente carimbado, ao entrar na ilha. Outra coisa interessante é ver as heranças do sultanato que vigorou por aqui até a revolução da Tanzania, como o palácio do sultão e a quase completa população islâmica.

Tem muita loja de antigüidades por aqui, onde você pode comprar relógios, bússolas, estátuas,
cadeiras e todo o tipo de tranqueira. Fomos em uma loja imensa, com três andares de bugigangas. Aquele típico lugar onde você acharia um Mogway (aquele bichinho que se transforma nos Gremlins) ou a márcara do Máscara. Tirei até umas fotos.

Ontem fomos tentar jantar num restaurante recomendado por um amigo da mãe, mas olha só o nome: Coco de Mer. Passamos o lugar escatológico (não pelo nome, claro), e comi um camarão fantástico no restaurante da frente. A única coisa que atrapalhou um pouco até agora foram as dores de cabeças, acho que por causa do calor. Mas compramos um analgésico massa na farmácia por 2mil Shilinguis, chamado Bruceta Forte (putz, olha os nomes!). É forte mesmo.

Amanhã voltaremos no barco do meio dia, e hoje o plano é dar uma passadinha nos museus. E voltando para Dar, é preparar a mala para estar de volta na África do Sul.

Até!

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E estou de volta em Dar. Internet, só aqui no trabalho do Peter. Em casa, quando tem luz já é lucro! 🙂

Estou tentando “uploadear” as fotos, não sei se vai rolar. Estava dando uma síndrome de abstinência de Internet, mas depois de tanto tempo fui ler meus e-mails e 90% era só zoação com o Corinthians. Mas recebis e-mails e comentários simpáticos também, obrigado!

Amanhã vamos para a Ilha de Bongoyo, dar uma mergulhada nos corais, nadar e tals. Na terça, vou para Zanzibar, a ilha mais árabe da África! E dia 16, de volta para Fish Hoek.

Até!

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Acabo de chegar de volta para Dar-es-Salaam, depois de ir para Moshi, Arusha, e o parque Tarangere, na beira do Kilimanjaro. No parque, eu o Peter fizemos um belo dum safari. Vocês podem conferir as fotos lá no meu álbum do Picasa.

Moshi fica uns 500km de Dar-es-Salaam, na beira do Kilimanjaro. Ficamos na casa da Lisa, uma alemã amiga da minha mãe. De lá, eu e o Peter fomos para o Tarangere, um parque próximo de Arusha. Ficamos no alojamento do parque, e fizemos dois passeios de carro. Um, no mesmo dia que chegamos, próximo do por do sol, e outro no dia seguinte, as cinco da manhã. Foi bem legal. Esse parque é considerado um dos melhores para ver elefantes (e foi mesmo) e Baobás. Não conseguimos ver nenhum felino, mas valeu bastante a pena.

A Tanzania é bem africana mesmo. O kiSwahili é bem interessante. Hakuna Matata é coisa para turista (e eles até falam para os brancos/Mzungos), mas na real esse termo não existe entre os nativos. Safari é viagem, Simba é leão, e outras coisinhas assim. Aqui, cumprimentos são muito importantes. Não importa quem/quando/onde, tem que perguntar da família, do trabalho, se está tudo bem, desejar paz (Salama!) e aí sim, pode entrar no assunto (que horas são, por exemplo). Entre jovens, um simples Mambo? (Belê?) Poa! (Sussa) tá valendo.

Outra coisa interessante é que apesar do calor danado, todo mundo usa calças compridas, e com freqüência camisas de mangas compridas. E bermudas e ficar sem camisa é considerado desrespeitoso. Um carioca ou baiano estaria perdido por aqui. Sem falar nos Massais, que usam aquele monte de pano no corpo! Estou lendo sobre a região leste-central da África, que um lugar muito interessante, contendo a Tanzania, Kenya e Uganda.

E depois de conhecer a história da África do Sul com duas biografias do Mandela e a visita ao Museu do Apartheid, agora também estou lendo a respeito num romance do Kurt Wallander, personagel do Menkell, escritor Sueco que eu gosto (o Gugs também). O romance se chama The White Lioness, e eu recomendo.

Ainda fico aqui até o dia 16, que é quando eu volto para Fish Hoek, na África do Sul. Enquanto isso, aproveito a piscina e calor constante de todos os dias. Final de semana que vem estamos planejando de ir para Zanzibar, ilha praticamente árabe, que não é longe aqui de Dar. Aliás, o nome Tanzania vem do lago Tanganyca, que corta o país na fronteira com o Congo, e das ilhas de Zanzibar.

Até!